“ Trabalho Infantil” versa a história de um casal com seis filhos, que vivem em condições difícil , onde os pais precisam da ajuda dos filhos ainda de menores trabalhando no corte da lenha parar sobreviverem, e um dos filhos que não aceita a vida em que vivem sua família, escolhe viver numa vida totalmente errada, terminando preso, e os outros irmãos que sempre sonharam em estudar para conseguir uma profissão no futuro, que desse uma condição melhor de sobrevivência aos pais, conseguem realizar o sonho deles, mostrando a importância da educação escolar, e os valores que aprenderam no decorrer de suas vidas com os seus pais.
ESPETÁCULULO- Adolescente
Personagens:
v Joquim ( o Pai)
v Marines (a Mãe)
v Maria ( o filho)
v José ( o Filho)
v Joca ( o Filho Rebelde)
v Severino (o Filho)
v Sebastião (o Filho)]
v Cornelha (a Filha)
v Fátima (Professora)
v Josefina (Assistente Social)
v Policial: (Representando a Justiça)
Cena 1
NARRADOR : Ao amanhecer o dia Marines faz o café , arruma a mesa espera o marido e os filhos.
JOAQUIM: Vamos meus filhos, já está na hora do trabalho, temos que cuidar logo, porque agente precisa aumentar a produção da lenha, senão vai faltar lenha para os empregados na indústria.
MARIA: O que vai acontecer se acabar a lenha na mata? Como vai ficar o chão da mata?
MARINES: Podemos resolver a falta da lenha Maria, plantando novas árvores, aí não vai falta lenha pra gente ganhar o pão de cada dia.
JOAQUIM: Sua mãe está certa, mesmo destruindo o chão, diminuindo as chuvas, derrubando as casa nas encostas das montanhas, tudo isso vai formar o deserto, podemos plantar muitas árvore porque precisamos muito delas.
SEBASTIÃO: Quando queima muita lenha o que acontece com o ar?
JOAQUIM: Solta muita fumaça preta no ar, por isso muita gente fica doente do pulmão, por isso é preciso plantar mais árvores entendeu meu filho?
JOSÉ: Entendi meu pai, essa não é a vida que eu quero pra eu , minha mão está muito machucada de tanto cortar lenha.
SEVERINO: Por que você reclama tanto José? Você sabe que precisamos trabalhar.
MARINES: José se conforme, agente precisa ter paciência e muita fé em Deus.
JOSÉ: Há como eu queria aprender a ler e escrever, eu sonho todo o dia indo pra escola.
SEVERINO: Eu também José, tenho muita vontade de brincar, de dançar, cantar e estudar, pra eu quando crescer ser doutor de criança.
MARIA: Poxa vida, vocês estão falando tanto em estudar, de brincar, e eu, vou ser o que quando eu crescer?
SEVERINO :Calma minha irmã, quem sabe tudo isso vai mudar um dia, acredite em Deus.
Cena 2
NARRADOR: Sebastião se levanta e resolve a trabalhar com o pais e os irmãos.
SEBASTIÃO: Ô mãe! Eu vou pra mata trabalhar, preciso destruir uma parte da mata. Eu não sei que horas vou voltar.
MANOEL: Pai eu vou começar a trabalhar com você e os meninos cortando lenha, vou ganhar muito dinheiro, pra ajudar o senhor e a mãe sair dessa miséria de vida.
JOAQUIM: Manuel meu filho, você não vai conseguir ganhar muito dinheiro no corte de lenha, essa profissão não dar pra ficar rico.
MANOEL: Meu pai, o que vou fazer pra ganhar muito dinheiro?
JOAQUIM: Trabalhando e ser honesto meu filho, que Deus vai te ajudar.
JOSÉ: Sebastião, você não acha que está na hora de deixar esse trabalho na mata? Agente precisa cuidar da natureza, não dar pra acabar com as matas. Como vamos viver sem o verde da mata?
MARIA:Você sabe que é crime destruir as matas?
SEBASTIÃO: Eu sei mais o que eu posso fazer? eu tenho que ajudar pai comprar comida pra colocar na mesa da gente, esse é meu trabalho, quem sabe um dia eu arrumo outro melhor.
CORNELHA: Quer saber de uma coisa, eu vou logo buscar essa lenha, antes que minha mãe me chame pra comer, nossa é tão longe chega me da preguiça, ando tanto a pé , mais eu tenho que ir pra trazer um pouco de lenha pra casa.
JOSÉ: Vai logo Cornelha, buscar essa lenha, que dona Maria de seu Zé, pediu pra você levar 12 feixe de lenha pra casa dela.
Cena 3
NARRADOR: Mais tarde Joaquim chega em casa e escuta a conversa dos filhos, revoltado com o filho que anda no caminho errado e que não gosta de trabalhar.
JOCA: Vocês são umas bestas, só pensam em estudar, eu não preciso aprender a ler e a escrever, porque eu vou ganhar muito dinheiro fácil, mais que do que vocês, amanhã eu vou chegar em casa com a minha carteira cheinha de dinheiro cambada de besta, sem precisar me matar de tanto trabalhar.
JOAQUIM: Que isso meu filho? isso é coisa que se diga? O que você ta dizendo? Dinheiro agente arruma trabalhando com dignidade, não faça a besteira de fazer maldade com as pessoas pra ganha dinheiro.
JOCA: Ora meu pai eu não sou idiota pra trabalhar muito e ganhar pouco, o senhor e os meninos são
besta eu não.
NARRADOR: Alguns dias depois, chega a polícia a procura do filho Joca.
POLÍCIA: Senhor bom dia! estou aqui pra saber de seu filho Joca, ele está em casa? porque ele esta pegando dinheiro fácil por aí, vou ter levá-lo comigo até a delegacia, ele vai ter que pagar pelos seus erros.
JOAQUIM: Calma! O senhor deve está enganado, o meu filho não fez nada disso que o senhor
está falando. Joooca!!!!! Cadê você seu desgraçado? Venha aqui perto de mim.
NARRADOR : Ao chegar em casa Joca se depara com a polícia e seus pais na sala conversando sobre ele.
JOCA: Diz o que está acontecendo meu pai? O que a polícia esta fazendo aqui em casa?
JOAQUIM: Eu tanto que te avisei meu filho que não fizesse coisa errada por aí, e você nem me ouviu, infelizmente eu tenho que deixar a polícia levar você, pra prestar conta a justiça.
JOCA: O senhor não é mais meu pai , eu te odeio, eu nunca mais eu vou te perdoar.
JOAQUIM: Senhor, me perdoe, eu tive que entregar o meu filho a justiça, ele precisa aprender a viver com
o suor de seu rosto e não dos outros.
MARINES: Meu velho tenha calma, você fez o que deveria ser feito pra salvar o nosso filho, é claro que Deus te perdoa.
NARRADOR: No dia seguinte ao acordarem os pais chamam os filhos para tomar o café da manhã e agradece a Deus pela família e pela comida.
JOAQUIM: Venham todos sentem na mesa com a mãe e o pai, pra gente comer. Agradeço senhor pela minha família, e pela nossa comida que é tão pouco, hoje a gente tem só um pouquinho, mais não tem nada não senhor, agente agradece assim mesmo .
SEVERINO: Acredito senhor papai do céu que o senhor vai mostrar um trabalho pra o pai ganhar mais dinheiro, e arrumar uma escola pra gente estudar pra ser alguém na vida.
MARINES: Sonhe meu filho e tenha muita fé em Deus, porque nunca é demais sonhar, não esqueçam que
estamos muito longe da cidade, tudo aqui é muito difícil.
Cena 4
NARRADOR: Depois do almoço chega na casa de Joaquim e Marines, uma senhora representando a justiça.
MARIA: Mamãe! Chegou uma senhora dizendo que é assistente de não sei o que social, ela quer falar com você e meu pai.
MARINES: Eu já vou filha, Diga senhora que espere um pouco.
JOSEFINA: Senhora, recebi uma denúncia que a senhora e seu marido , estão colocando seus filhos ainda de menores pra trabalhar, a senhora está sabendo que é crime? Crianças não pode trabalhar. Vou ter que levar a senhora comigo.
MARINES: Senhora, eu sou muito pobre, não tenho nada na vida, os meus filhos estão me ajudando com uns trocadinhos que ganha, pra eu e o pai deles compra comida pra colocar na mesa.
JOSÉ: Minha mãe o que está acontecendo?
MARINÊS: Meu filho essa senhora que me prender, porque vocês estão trabalhando. Avise a seu pai, e cuide dos meninos até eu voltar, caso eu não volte mais pra casa, você e seu pai cuide das crianças.
MARIA: Não senhora, não leve minha mãe, ela não pode trabalhar , a gente ta ajudando com um pouquinho de dinheiro pra comprar alimento. Se agente pudesse estudar, a vida da gente ia ser diferente.
JOSEFINA: Então dona Marines, vamos fazer um acordo, eu consigo escola pra os seus filhos ficarem o dia inteiro na escola , com alimentação e material escolar completo. Ainda consigo um emprego pra seu marido e, uma casa , e consigo também, uma sexta básica todos os meses, até que os seus filhos cresçam e comecem a trabalhar.
MARINES: Ta certo senhora, eu prometo que eu e meu marido não vamos deixar as criança trabalhar sem ter a idade certa, pode confia no que eu estou lhe dizendo.
Cena 5
NARRADOR: Alguns dias depois os alunos chegam à escola.
PROFESSORA: Bom dia, o meu nome é Fátima, sejam bem vindo a nossa escola, vou ajudá-los a aprender ler e a escrever, o meu nome vocês já sabem, e vocês como se chamam?
SEVERINO: O meu nome é Severino, eu tenho 9 anos de idade, sonho em ser doutor de criança.
SEBASTIANA:O meu nome é Sebastão, eu tenho 8 anos de idade, sonho muito em ter um carro de verdade.
MARIA; O meu nome é Maria, eu tenho 7 anos de idade , o meu sonho é ser enfermeira.
JOSÉ: O meu nome é José , eu tenho 11 anos de idade, sonho muito em ser alguém na vida, e o meu irmão Joca que foi preso, tem 10 anos de idade.
CORNELHA: Meu nome é Cornelha, tenho 6 anos de idade, o meu sonho é ser professora.
Cena 6
NARRADOR:ALGUNS ANOS DEPOIS, TODOS OS FILHOS CHEGAM EM CASA FORMADOS E CHAMAM SEUS PAIS.
JOSÉ :Oi mãe, oi pai! Estamos chegando, estamos com muitas saudades de vocês , e o mais importante estamos prontos pra vida, e o melhor é que terminamos os nossos estudos, e ainda conseguimos um emprego que tanto sonhamos, então hoje podemos lhes dar uma vida bem melhor do que aquela que a senhora e o pai tinha quando nós éramos crianças.
MARINES: Que alegria meus filhos em ver vocês todos! Me abracem, se ajoelha e diz , obrigado senhor por ter ajudado as minhas criança e por ter realizado o sonho de cada um.
NARRADOR: Depois dos pais ter abraçados os filhos e agradecendo a Deus pelo sucesso dos mesmos.
JOSÉ FINALIZA DIZENDO: SONHEM, tenham muita FÉ em Deus, ESTUDEM e LUTEM, que através dos estudos todos os seus sonhos serão realizados.
TODOS DIZEM AO MESMO TEMPO DE MÃOS DADAS.
ACREDITEM EM VOCÊS!!!
v TEXTO: Adeli Cardoso de Andrade
v ORIENTAÇÃO: Tiago Ventura
v APOIO: Fátima Moura e Josimar Silva